20/04/2009

Condecoração



A condecoração de António de Araújo Vasques da Cunha Portocarrero, fruto da sua participação na Guerra Peninsular, apesar de alguma inexactidão histórica sobre que modelo de Cruz é que lhe foi atribuída, não quisemos mesmo assim de lhe dar o merecido relevo! De facto, na exposição aqui mesmo publicada da autoria do próprio barão, teria sido, segundo este, a Cruz de Ouro, a que lhe foi concedida pelo reconhecimento que teve na campanha que fez contra os invasores franceses.












Também no livro Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal , editado pela Imprensa Nacional de Lisboa em 1838, a Cruz de Ouro é referida.


De outra fonte e segundo documento de origem militar da Secretaria dos Negócios da Guerra de 25 de Dezembro de 1820, que gentilmente nos chegou por intermédio de Paulo Jorge Estrela , teria sido a Cruz Nº2, ou seja a de Prata! Fica assim por esclarecer qual das condecorações (se a nº1 ou a nº2) é que verdadeiramente lhe teria sido atribuída.












A propósito desta condecoração, recebemos de Paulo Jorge Estrela o seguinte esclarecimento adicional:
"Na página 245, e de acordo com as relações nominais publicadas na Ordem do Dia do Exército nº 31, de 1820, o Major do Regimento de Cavalaria nº 3, António de Araújo Vasques da Cunha Portocarrero (mais tarde Barão de Pombalinho ) foi agraciado com a chamada Cruz de Condecoração, de prata, das Campanhas da Guerra Peninsular, por 2 anos de campanha, também conhecida por Cruz nº 2 da Guerra Peninsular (2 anos)."
E ainda, a propósito desta condecoração:
"Já me deparei em algumas pequenas referências bibliográficas a que teria tido a Cruz de ouro, mas efectivamente a oficialmente concedida foi a Cruz de prata (para 2 anos de campanha). Aproveito para informar que por 2 e 3 anos de campanha era concedida a Cruz de prata e por 4, 5 ou 6, a de ouro. O número constante no reverso da mesma denotava a concessão averbada. Também lembro que os critérios eram muito rigorosos e que é possível que ele tivesse estado em serviço durante todos os anos da chamada Guerra Peninsular, mas se não tivesse feito um mínimo de tempo por ano em combate ou não tivesse participado em algumas das acções ditas principais, e como tal não lhe era reconhecido o tempo para efeito da concessão..."


Documentos e Texto de: Paulo Jorge Estrela






Cruz de Ouro.


A Cruz da Guerra Peninsular foi criada pelo Rei D. João VI em 28 de Junho de 1816 para distinguir os oficiais que participaram nas campanhas da Guerra Peninsular de 1809 a 1814. Em Prata para quem tivesse participado em até 3 campanhas e em Ouro para quem participasse em 4, 5 ou 6 campanhas.

Ilustração e texto daqui






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